Tamaranense apresenta na Argentina pesquisa sobre emancipação do município

Como um dos mais importantes capítulos da história de Tamarana é ensinado para as crianças das escolas municipais? Essa foi a pergunta que motivou o professor Rafael Nascimento da Silva – que, inclusive, leciona na rede de ensino do município – a dar início a um amplo trabalho de pesquisa que resultou em uma dissertação de mestrado defendida em agosto do último ano (você pode lê-la na íntegra no fim do texto). Porém, a iniciativa não parou por aí. Tanto é que a pesquisa foi apresentada em Mar del Plata, na Argentina, nesta quarta-feira (9), na XVI Jornadas Interescuelas.

002Rafael em sua apresentação na Argentina

Conversamos com o Rafael antes de ele embarcar na viagem de mais de 2.200 quilômetros para a terra dos hermanos. O professor nos contou que estuda a história de Tamarana desde os tempos do curso de Pedagogia, quando seu TCC abordou a maneira como os professores do então 4º ano tratavam o assunto em sala de aula.

A conclusão da graduação não significou o fim do interesse por esse debate. Pelo contrário, foi aí que a ideia tomou maiores proporções e resultou na dissertação que agora é conhecida internacionalmente. “Eu sempre ficava ‘incomodado’ sobre como era ensinada a história do município”, revelou ele.

E a busca por fontes sobre a emancipação de Tamarana foi árdua. Tanto é que o pesquisador teve de construir sua narrativa com base em reportagens de jornais (Folha de Londrina, Jornal de Londrina e O Estado do Paraná) e entrevistas com personagens que tiveram papel ativo naquele momento. “Não existia nenhum relato sobre a emancipação em livros”, explicou.

002Pesquisador buscou jornais da época e fez entrevistas para construir narrativa sobre o fato

Ao mergulhar nessa busca, Rafael Nascimento da Silva também conseguiu constatar que Tamarana já teve seus dias de “Fla-Flu político”, quando – assim como acontece hoje em nível nacional – brigas intensas surgiram e até amizades foram desfeitas por causa de opiniões políticas distintas. “Tanto os jornais da época quanto os entrevistados afirmaram que as pessoas acabaram brigando [por causa da emancipação]”.

Antes de ser apresentada em Mar del Plata, a dissertação já havia passado pelo crivo de um evento internacional sediado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 2014 – na época, ela se encontrava em fase de elaboração.  E, de acordo com o pesquisador, a iniciativa não irá parar, já que ele começou a produzir uma pequena apostila atualizada a respeito da história de Tamarana e também tem tratado do tema com seus alunos de 3º ano. “Esse fato [a emancipação] é muito importante para a criança aprender sobre a história local”, avaliou.

001Para o professor, a história local também deve dar vez a outras vozes que a construíram

Para Rafael, a narrativa da história de Tamarana pode ser mais ampla e dar espaço para diferentes atores. Assim, conforme ele, haverá até mais interesse da população pelo tema. “Dar vez a outras vozes da história do município é algo bem importante a se estudar. Quanto mais você falar sobre a história local, mais fatos as pessoas terão em mente”. Por fim, perguntado se a emancipação foi positiva para o município, o tamaranense não deixa de dar sua opinião: “Eu acho que a cidade só tem melhorado”.

ENTRE O SIM E O NÃO – HISTÓRIA DA EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DE TAMARANA E SEU ENSINO NA ESCOLA

4 comentários sobre “Tamaranense apresenta na Argentina pesquisa sobre emancipação do município

  1. Tamarana,tem que melhorar no transporte. Afinal pagamos caro no em posto, pr não ter ônibus deLondrina à Tamarana direto,sem ter que passar em Lerrobile….afinal Tamarana é municipio ou seja não tem nd à ver cm Lerrovile😠😠😠😠😠😠😠

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    1. Olá, Eliane. O ônibus também atende a população de Lerroville porque o distrito está bastante próximo de Tamarana. Até onde sabemos, é inviável para a empresa responsável pelo serviço disponibilizar uma linha exclusiva para cada local. Obrigado pela sua participação!

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